quarta-feira, 18 de maio de 2011

A primeira arma de fogo do mundo.

As primeiras delas, ainda improvisadas, provavelmente surgiram na China logo após a invenção da pólvora, no século IX. Em tubos de bambu, essa mistura de salitre, enxofre e carvão vegetal que explode em contato com o fogo era usada para atirar pedras. Os árabes aperfeiçoaram o invento no século XI II, quando os canhões passaram a ser feitos de madeira e reforçados com cintas de ferro. Mas a contribuição decisiva veio no século XV, quando surgiram os primeiros canhões de bronze, mais seguros. "O canhão abre caminho para a evolução tanto do armamento pesado quanto do individual", diz o historiador João Fábio Bretanha, da Universidade Estadual de Moringa, Paraná. As primeiras armas de fogo portáteis aparecem no século XV. "É uma verdadeira revolução: os soldados ganham outra importância e as táticas de guerra mudam completamente", afirma João Fábio. A primeira arma individual amplamente usada em batalhas é o mosquete, criado no século XV. Mas a invenção é lenta e tem péssima pontaria.





O mosquete é uma das primeiras armas de fogo usadas pelos soldados de infantaria entre os séculos XVI e XVIII. Trata-se de uma evolução do "arcabuz", arma semelhante a uma espingarda porém muito mais pesado, com o cano de até 1,5 metros sobre a culatra de madeira. Introduzida no século XVI, é a predecessora da espingarda moderna.
Esta arma de fogo portátil (apesar do seu tamanho lol) foi usada por todas as infantarias das potências europeias, por um período, concomitante com a besta ou "balestra" até substituí-la integralmente.
De acordo com algumas fontes, a palavra teria origem no italiano, moschetto, que por sua vez viria de moschetta, uma pequena pedra disparada pela balista. Moschetta deriva de mosca (o insecto). Outras fontes afirmam que a origem do nome vem da palavra francesa mousquette, que é um gavião, sendo comum as armas de fogo receberem nomes de animais.

Até cerca de 1650, o mosquete, em virtude do seu peso, precisava ser apoiado no solo por uma vara com uma forquilha em cima, para possibilitar a mira e o disparo. O mecanismo de disparo do mosquete exigia um procedimento complicado, um ritual que só se completava em cerca de três minutos: primeiro o mosqueteiro despejava pelo cano da arma a pólvora de um dos cartuchos e firmava-a na recâmara com uma bucha de estopa - socada com a vareta da forquilha. Somente depois desse procedimento a bala era introduzida, acompanhada de outra bucha. Pronto o cano, iniciava-se, então, o preparo da culatra, onde um recipiente circular, a caçoleta, recebia uma carga de pólvora fina para finalmente produzir o tiro. O sistema de disparo constava de mechas incendiárias como no arcabuz, exceto nos modelos mais modernos, que usaram chaves de faíscas como nos primeiros fuzis. O seu alcance máximo era de 90 a 100 metros.
Dada a lentidão do tiro do mosquete, os mosqueteiros combatiam juntamente com unidades de lanceiros, que no intervalo entre os disparos lhes davam protecção.


ARCABUZ (arma do qual descende o mosquete)

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